Marcos, o Santo Imortal do Palmeiras

 

por Celso de Arruda - Jornalista - MBA


Marcos, o Santo Imortal do Palmeiras

No coração de qualquer palmeirense, existe um nome que ressoa com respeito, carinho e admiração: Marcos Roberto Silveira Reis, ou simplesmente São Marcos. Mais do que um goleiro, Marcos é símbolo de lealdade, raça e identificação com uma camisa — algo cada vez mais raro no futebol moderno.


O Início de uma Lenda

Nascido em 4 de agosto de 1973, na cidade de Oriente, interior de São Paulo, Marcos chegou ao Palmeiras ainda garoto, em 1992. Por muitos anos, viveu à sombra de nomes mais experientes, até que em 1999 o destino o colocou como titular num dos momentos mais importantes da história do clube: a Copa Libertadores da América. Com defesas milagrosas e uma entrega fora do comum, ele foi peça fundamental na conquista do título inédito, entrando de vez para a galeria dos ídolos eternos do Verdão.


O Goleiro da Copa

Seu desempenho na Libertadores de 1999 chamou atenção do mundo. E em 2002, vestindo a camisa da Seleção Brasileira, Marcos foi o titular na campanha do pentacampeonato mundial. Em um time repleto de estrelas, o “goleiro caipira” mostrou segurança, humildade e personalidade. Foi essencial na vitória contra a Turquia na semifinal e terminou a Copa sem levar gols nos mata-matas.


Felipão, técnico da Seleção na época, não escondeu sua confiança:


> “Meu goleiro é o Marcos. Não tem conversa.”


Fiel até o Fim

Diferente de muitos jogadores que buscam grandes contratos no exterior, Marcos optou por permanecer onde era amado. E isso se tornou ainda mais evidente em 2002, quando o Palmeiras caiu para a Série B. Ele poderia ter saído, mas escolheu ficar. Vestiu a camisa com orgulho e foi peça-chave no retorno à elite. Esse gesto selou de vez sua imagem como símbolo de fidelidade.


Em suas palavras:

> “Eu não jogaria em outro clube. Se o Palmeiras não me quiser mais, eu paro de jogar.”




Títulos Importantes


Copa Libertadores da América – 1999


Copa do Brasil – 1998


Copa Mercosul – 1998


Campeonato Paulista – 1996, 2008


Torneio Rio-São Paulo – 2000


Campeonato Brasileiro - Série B – 2003


Copa do Mundo FIFA – 2002 (Seleção Brasileira)



Ídolo Humano

Marcos não era apenas um goleiro espetacular. Era um personagem carismático, sincero, espontâneo. Nunca escondeu suas opiniões, fazia piada consigo mesmo e com o mundo do futebol. Entre resenhas, entrevistas e aparições, tornou-se um dos atletas mais queridos do Brasil — até mesmo por torcedores rivais.


Uma de suas frases mais marcantes reflete esse espírito simples:


> “Prefiro ser um bom marido e pai do que o melhor goleiro do mundo.”



Legado Eterno

Marcos se aposentou em 2012, após duas décadas defendendo o Palmeiras. Nunca vestiu outra camisa. Foram 533 jogos, inúmeros milagres, títulos e histórias para eternizar. O Allianz Parque tem uma estátua sua. A torcida tem sua devoção. O futebol brasileiro tem seu respeito.


Em tempos de contratos milionários e carreiras voláteis, Marcos representa o futebol romântico, o amor à camisa, a conexão verdadeira com o torcedor. Um goleiro que virou santo, e um santo que nunca será esquecido.


Música:

Título: O São Marcos Camisa 12

Letra: Celso Arruda

Tom: G | Estilo: Rock/Melódic

[Intro]

[G  D  Em  C]

[G  D  C]


[Verso 1]

[G] No interior nasceu, [D] um menino sonhador

[Em] Lá de Oriente veio, [C] com coragem e amor

[G] Vestiu o verde com alma, [D] defendeu com o coração

[Em] De luvas e fé, [C] virou nossa salvação


[Verso 2]

[G] Esperou o seu momento, [D] sem pressa pra brilhar

[Em] Na Libertadores de 99, [C] ninguém pôde segurar

[G] Milagre após milagre, [D] a torcida em oração

[Em] E o Santo apareceu [C] pra salvar o Verdão


[Pré-Refrão]

[Am] Quando o mundo duvidou, [D] ele acreditou

[Em] Dos desafios, não fugiu, [C] ficou e honrou


[Refrão]

[G] São Marcos, [D] eterno guardião

[Em] O Santo da camisa, [C] a alma do Verdão

[G] 533 milagres [D] num só coração

[Em] Palmeiras é você... [C] em cada geração


[Verso 3]

[G] Na Copa do Mundo, [D] brilhou sob o sol do Japão

[Em] Com mãos abençoadas, [C] trouxe o ouro na mão

[G] Mas nunca esqueceu [D] seu chão, sua raiz

[Em] “Se o Palmeiras não me quiser, [C] eu paro por aqui”


[Ponte - Solo de Guitarra sobre os acordes abaixo]

[Am] “Meu goleiro é o Marcos” [D] gritou o Felipão

[Em] A arquibancada virou [C] catedral em oração


[Refrão Final]

[G] São Marcos, [D] eterno guardião

[Em] Do Allianz à eternidade, [C] nossa devoção

[G] Com fé, suor e raça, [D] escreveu sua missão

[Em] Palmeiras é você...

[C] Nosso Santo, nossa paixão!


[Final - Calmamente]

[G] Palmeiras é você...

[D] Nosso Santo, nossa paixão...

[Em] O Santo da camisa...

[C] Do eterno Palestrão.


[Encerramento]

[G  D  Em  C ]

[fade out com palmas ou sons de torcida]


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